Cirurgião Plástico
MAMOGRAFIA NA PREVENÇÃO DO CANCÊR DE MAMA
Os avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de mama elevaram as chances de cura para 96% quando descoberto no início.
O principal método de diagnóstico precoce é a mamografia, radiografia das mamas. Este método tem como objetivo aumentar a detecção precoce e reduzir a mortalidade.
A mamografia é a principal aliada contra o câncer de mama. O exame revela microcalcificações (pequenos depósitos de sais de cálcio) não palpáveis, que às vezes já podem ser malignas. A qualidade das imagens captadas por raios X, que já vinha evoluindo com a utilização de filmes mais sensíveis, ficou ainda melhor com os equipamentos digitais. Para breve são esperadas novidades, como o uso de contraste para deixar o tumor mais visível e de mamógrafos digitais capazes de reconstruir a imagem das mamas em três dimensões (a técnica é denominada tomossíntese).
A mamografia é o método padrão de rastreamento do câncer de mama. A ultra-sonografia e a ressonância magnética servem de complemento e ajudam a planejar os tratamentos.
Mamografia analógica
O seio é comprimido e são tiradas duas chapas: na posição frontal e na lateral. A imagem é gravada em um filme e analisada por um radiologista.Revela indícios muito iniciais de câncer, sendo bastante eficiente após os 40 anos, quando as mamas são mais gordurosas.
Há risco de falso negativo. Em mamas densas, o tumor nem sempre é visualizado porque às vezes tem a mesma densidade do tecido glandular.
Também usa raios X para coletar as imagens, mas, em vez de serem impressas em filme, elas ficam armazenadas no computador e são vistas na tela.
A visibilidade das lesões é maior, o que reduz a necessidade de biópsias. Se as imagens perderem a resolução, é possível invertêlas e ampliá-las.
Os arquivos podem ser enviados pela internet para avaliações por médicos de locais distantes.
De alto custo, o equipamento não está disponível em todos os serviços de saúde.
Ressonância magnética
Utiliza campos magnéticos para captar imagens tridimensionais dos seios enquanto a paciente fica deitada dentro de um equipamento que parece um túnel. As imagens são vistas simultaneamente na tela de um computador. Desde 2007, é recomendada sua realização anualmente, em associação com a mamografia, para mulheres com alto risco de câncer. Fazem parte desse grupo, aquelas que apresentam mutações genéticas, têm parente em primeiro grau com mutação, foram submetidas a radioterapia do tórax entre 10 e 30 anos, entre outros fatores a serem avaliados pelo médico.Revelou-se eficaz em mulheres com mamas densas ou com próteses de silicone. Ajuda no esclarecimento de casos duvidosos e na obtenção de detalhes antes da cirurgia.
O exame é caro e pode dar falso positivo: revela alterações mínimas, o que pode levar à indicação desnecessária de biópsias.
Ultra-sonografia
Ondas sonoras de alta freqüência são emitidas por um aparelho, o transdutor, que desliza sobre os seios. Ao encontrar os tecidos internos, essas ondas produzem ecos, que são convertidos em imagens.Permite diferenciar nódulos líquidos e sólidos (os últimos podem ser malignos). Identifica tumores não vistos na mamografia. Favorece o estudo de mamas densas (mamas geralmente de pacientes mais jóvens).
Nem sempre detecta microcalcificações precursoras de câncer.
Quando devo fazer a MOMOGRAFIA
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, a mamografia anual deve ser feita a partir dos 40 anos. Quem está no grupo de alto risco precisa começar dez anos antes da idade em que o tumor se manifestou na parente próxima. As jovens são orientadas a fazer o auto-exame mensal e o exame clínico anual com o ginecologista. A mamografia é recomendada em qualquer idade diante de sintomas como:- APARECIMENTO DE CAROÇO ou área endurecida no seio ou na axila.
- PRESENÇA DE SECREÇÃO NO MAMILO, principalmente se for em apenas um dos lados e com sangue.
- MUDANÇAS NO TAMANHO ou formato dos seios sem mudança de peso.
- ALTERAÇÕES DE PELE (vermelhidão, inchaço, feridas) nos seios ou mamilos.
- DOR OU RIGIDEZ não associada a oscilações hormonais.
Por que o exame da mamografia aperta tanto?
Dentro das mamas as estruturas ficam sobrepostas e, devido ao seu formato, os raios entram desiguais. Ao apertar, as estruturas internas são separadas e ficam mais visíveis.
Dói mais no período pré-menstrual?
Sim, pois nessa época os seios ficam mais sensíveis. Marque o exame após a menstruação.
Por que não usar desodorante, talco ou creme no dia do exame?
Essas substâncias podem deixar resíduos que interferem nos resultados.
Por que avisar se coloquei silicone?
A prótese dificulta a visualização, por isso requer exame dobrado. A primeira série, normal; na segunda, o técnico afasta a prótese para comprimir apenas o tecido mamário e aumentar o campo de visão.
É preciso informar sobre reposição hormonal?
Sim, pois o emprego de hormônios após a menopausa pode acarretar um aumento na densidade das mamas.
A mamografia oferece riscos?
Não há evidência de riscos.
O que levar?
Os exames anteriores para comparação.
O que vestir?
Roupa de duas peças porque você terá que se despir da cintura para cima.