quarta-feira, 25 de julho de 2012

Aumento de bumbum com enxerto de gordura: é possível?

Plenna Cirurgia Plástica - Uma nova forma de ser você



Dr. Eduardo Arnaut - CRM 8587
Cirurgião Plástico  Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica


Com o advento da lipoaspiração já estamos acostumados a ver grandes transformações no contorno corporal das pacientes que se submetem a este procedimento. Mas a lipoaspiração atual, não se trata apenas da retirada de gordura de determinada parte do corpo e sim de uma remodelação corporal.

A lipoescultura, como é conhecida a técnica que se baseia no aproveitamento da gordura retirada através da lipoaspiração, permite a correção de defeitos causados pela atrofia gordurosa e uma modelagem corporal mais agradável.

Quem é a paciente candidata a aumento do glúteo com lipoenxertia?
Para que se consiga uma quantidade satisfatória de gordura capaz de  proporcionar um real aumento ou remodelagem da região glútea é preciso que a paciente seja candidata a uma lipoaspiração. Em média será necessária a retirada de cerca de 1 a 1,5 l de gordura para que, depois de ser processada para o uso, tenhamos cerca de 400 a 600 ml de gordura pronta para o procedimento de injeção.

Como é colocada essa gordura?
A gordura retirada passa por um processo de preparo antes da sua injeção. A injeção é feita no glúteo com o uso de cânulas, através dos mesmos orifícios utilizados na lipoaspiração. O enxerto da gordura é feito em várias camadas, envolvendo o subcutâneo e o músculo, para que seja maior a sua chance de integração.

E o que acontece depois? Essa gordura é reabsorvida com o tempo?
Após a colocação da gordura ela deverá ser recebida pelo local do implante, no caso a região glútea. Esse processo consiste na formação de novos vasos conectando as células de gordura ao tecido ao redor dela. Uma parte do material enxertado não passará por este processo e será então reabsorvida pelo organismo.

Espera-se que em torno de 50 a 60% da gordura enxertada  adapte-se ao novo local e passe a ser permanente nesta região. Isso quer dizer que a pós o período inicial de integração, que gira em torno de 3 a 6 meses, a quantidade de gordura que permanecer será definitiva. Essa gordura sofrerá oscilações normais  de peso, como todo o restante do corpo.

E posso esperar mesmo um aumento do glúteo com este procedimento?
O resultado é variável, pois como já comentei, parte da gordura será inicialmente absorvida, mas sim o resultado alcançado muitas vezes pode se assemelhar a uma prótese de glúteo. Para se ter ideia, o volume habitual de uma prótese de glúteo é em torno de 300 a 350 ml , o que pode muitas vezes ser alcançado pela lipoenxertia mesmo após a reabsorção de parte da gordura. Quando estamos tratando de grandes atrofias glúteas ou depressões importantes (seqüelas de infecções, injeções na infância), pode ser necessária a repetição da lipoenxertia na tentativa de alcançarmos um bom resultado.

É sempre importante ter em mente que em qualquer cirurgia plástica os resultados devem ser realistas e compatíveis com o corpo de cada paciente. O seu cirurgião saberá discutir com você a sua indicação e a possibilidade do resultado a ser alcançado.

Cuidados apos o aumento glúteo com gordura
Em geral os cuidados são os mesmos de uma lipoaspiração, exceto que não está indicada a drenagem linfática. Para não interferir e aumentar a possibilidade de reabsorção da gordura.

A posição sentada é permitida desde o pós–operatório inicial e não interfere no resultado.

Devem ser evitadas atividades físicas que movimentem muito a região glútea, pelo menos por cerca de 30 dias, para melhor adaptação do enxerto de gordura.

Quando não esta indicada o aumento do bumbum com o uso  de gordura?
Como falei antes, é preciso que a paciente tenha uma boa quantidade de gordura a ser retirada através de uma lipoaspiração e seja candidata a este procedimento. Se o seu cirurgião avaliar que não há indicação da lipoaspiração ou caso não seja esta a sua vontade poderá ser realizada a colocação de uma prótese de glúteo.

No nosso blog tem um post bem interessante sobre a prótese de glúteo, confira no link http://goo.gl/huCPg.














segunda-feira, 16 de julho de 2012

Abdominoplastia masculina

Fique linda, fique Plenna!

Dra. Taís Saraceno - Cirurgiã Plástica
Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)



A abdominoplastia ou lipoabdominoplastia é freqüentemente associada com as mulheres que são propensas a desenvolver flacidez da pele e protuberâncias de gordura no seu abdômen após várias gestações. No entanto, este procedimento também pode ser útil para alguns homens, especialmente aqueles com tecido excedente no abdômen causado pela perda de peso importante ou efeitos naturais do envelhecimento.

Ao contrário das mulheres, os homens precisam com menor frequência  de reparação muscular por não passarem pela gravidez que naturalmente provoca o afastamento da musculatura abdominal. Quando necessário pode ser realizada a plicatura do músculo reto abdominal, durante a abdominoplastia.

Como é realizada a abdominoplastia masculina?

A cirurgia realizada em homens e mulheres é bastante similar. Algumas diferenças estão no formato do umbigo e no formato e posicionamento da incisão do abdome. Esta cicatriz é sempre posicionada de forma a ficar escondida sob a roupa íntima ou calção de banho.

O comprimento da incisão depende de muitos fatores, incluindo a quantidade de pele excedente, a estrutura do corpo, e os objetivos que pretende alcançar após a cirurgia.

A lipoaspiração é sempre realizada em conjunto com a abdominoplastia para melhorar o contorno do abdome e criar uma elegante cintura.

Com a retirada do excedente de pele, muitas vezes a  região pubiana é elevada, o que é benéfico para muitos pacientes, porque esta região tende a ceder após grande perda de peso.

Se há uma quantidade significativa de flacidez da pele, a cirurgia indicada é a abdominoplastia, mas  se há uma quantidade  menor de  flacidez, o seu cirurgião plástico provavelmente recomendará mini abdominoplastia.

Normalmente, uma  abdominoplastia é realizada sob anestesia geral. O cirurgião plástico faz uma incisão no abdômen inferior, que se estende de uma espinha ilíaca a outra (aquele osso da bacia que apalpamos na laterais do abdômen). O excesso de gordura e tecido são removidos através de lipoaspiração, e a musculatura é apertada. Uma segunda incisão é feita para reposicionar o umbigo. A pele remanescente é esticada para criar uma posição mais firme do abdômen, mais apertado. A cirurgia tradicional demora cerca de 2  horas.
E a mini abdominoplastia?
A mini abdominoplastia masculina irá remover menor quantidade de pele e deixar o umbigo intacto. Pode ser feita também a aproximação da musculatura e a lipoaspiração. A cicatriz deixada pela incisão cirúrgica é menor. O procedimento de abdominoplastia parcial leva uma a duas horas para ser concluído.

O que pode ser de ajuda na manutenção do resultado?


Hábitos de vida saudáveis como uma dieta equilibrada e exercícios físicos são importantes para a manutenção e a melhora dos resultados.




Se você quiser saber um pouco mais sobre esse procedimento veja este vídeo que a Plenna CirurgiaPlástica preparou pra você:









sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Cuidado: médicos despreparados estão exercendo a cirurgia plástica"

Plenna Cirurgia Plástica - Uma nova forma de ser você


Dr. Eduardo Arnaut - CRM 8587
Cirurgião Plástico  Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica



"Cuidado: médicos despreparados estão exercendo a cirurgia plástica", diz presidente da SBCP, em matéria da revista Isto É.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica alerta para o risco da invasão da área por profissionais não capacitados.

Aboudib critica a existência de cursos de fim de semana que garantem títulos de especialista em medicina estética

A ferida abriu e não parece haver remédio capaz de estancar o sangue. Essa ideia simboliza o sentimento de médicos integrantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Eles denunciam, por meio do presidente da entidade, José Horácio Aboudib, a invasão de profissionais não especializados na atividade para a qual se preparam durante 11 anos – seis de faculdade, dois de residência geral e mais três de especialização. O exercício de profissionais não preparados especificamente em cirurgia plástica tem gerado má fama para a classe toda. Levantamento do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) revela que, entre janeiro de 2001 e julho de 2008, foram analisados processos contra 289 médicos envolvidos em cirurgia plástica. Mas apenas 2,1% eram de fato cirurgiões especializados. Os demais foram procedimentos feitos por profissionais de outras áreas.

"Vi um folder anunciando um curso de cirurgia plástica
nas mamas feito em apenas um fim de semana"

Aboudib chama a Sociedade Brasileira de Medicina Estética de fraudadora e diz que a Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia Estética é uma entidade mais cafajeste ainda. Ambas são entidades não referendadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e compostas por médicos que, segundo ele, “fizeram cursos de fim de semana” para ganhar títulos e invadir a área. “Só querem saber de grana”, afirma. Capixaba e residente no Rio de Janeiro, casado, três filhos, Aboudib é, também, coordenador de Cirurgia Plástica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Ele deu a seguinte entrevista à ISTOÉ.

"Há profissionais que fazem lipoaspiração em consultório, sem anestesia e até sem esterilização adequada" 

Segue abaixo a entrevista completa, por Eliane Lobato:

ISTOÉ -
Por que o sr. afirma que há uma invasão no campo da cirurgia plástica no Brasil?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Existe uma coisa que se denomina medicina estética, que não é nada porque essa especialidade não existe. Não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, pela Sociedade Brasileira de Medicina, pelo Ministério da Educação, pela Associação Médica Brasileira. Medicina estética é fraude do início ao fim. Mas existe uma Sociedade Brasileira de Medicina Estética, presidida pelo médico Aloizio Faria de Souza, que só pensa em ganhar dinheiro.
ISTOÉ - Por que o sr. diz isso?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
A dita sociedade oferece cursos de fim de semana, os quais habilitam médicos sem residência médica a atuar como cirurgiões plásticos. O resultado é o número escandaloso apurado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo: 97% dos médicos que respondem a processos relacionados à cirurgia plástica não possuem títulos de especialistas na área. Apenas seis cirurgiões plásticos e um dermatologista estão entre os 289 médicos processados por problemas em procedimentos relacionados à cirurgia plástica entre 2001 e 2008. Mas a péssima fama recai sobre todos os cirurgiões.
ISTOÉ - Qual a diferença entre o médico especializado em cirurgia plástica e o da medicina estética?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Gigantesca: a formação do especialista, seja cirurgião plástico, seja dermatologista, requer, após a formatura na faculdade de medicina, residência médica de 60 horas semanais, o que dá 240 horas mensais, 2,8 mil horas por ano. E são dois anos de residência em cirurgia geral e mais três anos de especialização. No total de cinco anos, são 14,4 mil horas na formação e no treinamento de um cirurgião plástico. Na chamada medicina estética, fazem cursos de um ano. Se não é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, como pode dar título? São fraudes em sequência.
ISTOÉ - Quais?JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - A segunda fraude são as aulas dadas em um fim de semana por mês durante um ano. Vamos considerar que sejam oito horas de duração no sábado e o mesmo no domingo. Isso dá uma carga horária de 192 horas por ano. Depois disso, a pessoa recebe título de especialista e está apta a operar. 192 horas por ano contra as 14,4 mil exigidas pela SBCP.
ISTOÉ - Quais os outros problemas?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
A terceira fraude é o fato de enganarem os pacientes dizendo que são especialistas sem ser. Medicina estética só visa ganhar dinheiro. Mas, agora, surgiu outra entidade mais cafajeste ainda: intitula-se Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia Estética, presidida por um cirurgião-geral chamado Edson Teixeira, que ficou famoso há uns 40 anos quando fez transplante de pâncreas em um ser humano, e o paciente morreu. É totalmente amoral, faz qualquer coisa para ganhar dinheiro.
ISTOÉ - Por que essa entidade é pior?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Vi um folder deles anunciando um curso de mamoplastia (cirurgia plástica nas mamas) em apenas um fim de semana. Um colega médico ligou para lá para confirmar e a mulher que atendeu perguntou: “O sr. sabe dar ponto?”. Quando ele respondeu que sim, ela disse: “Então, o sr. faz o curso sábado e domingo e já pode marcar sua primeira operação de plástica de mama para a segunda-feira.” Ou seja, tem paciente correndo risco nas mãos de pessoas (des)preparadas assim. Mas eles ganham fortunas dando esses cursos. Essa turma só quer saber de grana, não é de medicina. O nosso diploma e o da dermatologia são referendados por entidades sérias. O deles não é referendado por nada. Não estão pensando em ensinar, em formar profissionais. Só estão pensando em enriquecer, em faturar com o ensino.
ISTOÉ -
Quais os riscos que os pacientes correm?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
De todo tipo. Infecções, resultados desastrosos, por exemplo. E inclusive a morte. Por isso cuidado: médicos despreparados estão exercendo a cirurgia plástica.
ISTOÉ -
Há áreas preferidas por esses profissionais não especializados?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
A chamada medicina estética só quer faturar, não importa a área. E não é só em cirurgia. Tem alguns que, na endocrinologia, repassam a receitinha de dieta que pegaram nos cursos.
ISTOÉ -
Como o paciente pode saber se o médico é especialista?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Por meio do site da SBCP ou se ele exibir o título em quadros emoldurados e à vista no consultório.
ISTOÉ -
O que o Conselho Federal de Medicina pode fazer?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Em uma reunião recente em Brasília, um conselheiro sugeriu perdão aos “coitadinhos” que “somam 12 mil caras trabalhando na clandestinidade...” Eu disse: Mas eles começaram na clandestinidade! Se quer perdoar, então vamos abrir as cadeias também. Vamos acabar com as regras de segurança.”
ISTOÉ -
O CFM não vai fazer nada?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
O conselho argumenta que não pode deixar de ser generalista para não jogar na ilegalidade um médico do Acre, por exemplo, que mora numa cidade que não tem especialistas e tem que fazer parto, cirurgia geral, cuidar de diabéticos. Minha sugestão é que se separe: que se diga na lei do CFM que os médicos que trabalham em cidades com menos de 30 mil ou 40 mil habitantes possam atuar em áreas afins e os outros não
ISTOÉ -
Que procedimento cirúrgico já teve resultado mais dramático?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Certamente, o de lipoaspiração, que esses profissionais fazem em consultório, sem anestesia e até sem esterilização adequada. Fizemos um levantamento, que mostrei ao Conselho Federal de Medicina, com mais de dez casos de mortes e complicações graves atribuídas a cirurgiões plásticos – e nenhum era plástico. Todos os responsáveis eram da turma da medicina estética. Eles fazem essas porcarias e as notícias saem como se fossem cirurgiões plásticos.
ISTOÉ -
Há levantamento sobre os erros realmente cometidos por cirurgiões plásticos?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Estamos fazendo um estudo. Queremos saber se a lipoaspiração dá mais problema porque é mais feita ou se é porque é mais realizada em condições inadequadas. Chegamos ao número de 30 óbitos nos últimos anos relacionados a cirurgias plásticas feitas por especialistas, em um universo de mais de 100 complicações graves. Temos uma comissão estudando por que isso aconteceu.
ISTOÉ -
O conselho tem como punir? Alguém está sendo punido?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Tem, se comprovar negligência, imprudência ou imperícia. Mas há médicos condenados em 15 processos que continuam trabalhando. Fica por isso mesmo. Não pagam as indenizações. Mas, de modo geral, a chamada máfia de branco acabou. Na SBCP e nas regionais não se pode punir, mas podemos excluir o mau profissional. Temos, agora, um problema diferente: um vigarista que não é cirurgião plástico tem um programa na televisão chamado “Dr. Rey” (apresenta o programa “Sexo a 3”, da Rede TV!). Ele foi cassado na Califórnia e veio para o Brasil – só que, aqui, ele não é médico. Não revalidou seu diploma. 
ISTOÉ -
Ele atua como médico?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Atua nesse programa de quinta categoria, vende cintas, fica apalpando mamas de mulheres, é assustador o baixo nível. Denunciamos ao Ministério Público, que foi atrás. E os três cirurgiões plásticos que foram ao programa dele receberam advertência pública da SBCP. E, se insistirem, serão excluídos. Não queremos essas pessoas na Sociedade.
ISTOÉ -
Outras especialidades, como dentistas, também estão invadindo a área, já que muitos aplicam botox?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Isso é proibido pelo próprio Conselho Nacional de Odontologia. Se o dentista for denunciado, não terá defesa. Agora, isso é diferente de um otorrino fazer plástica de nariz, um mastologista fazer plástica de mama, um oftalmologista fazer plástica de pálpebra, entre outros, se tiver treinamento de pelo menos um ano. O que não pode é fazer um cursinho de fim de semana e operar.
ISTOÉ -
Como é em outros países?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Só dá para comparar com os Estados Unidos, que têm padrão à altura do nosso. O cirurgião plástico brasileiro não tem igual, é hoje o melhor do mundo. A prova é que tem mais gente procurando treinamento aqui do que em qualquer outro país. E o nosso congresso é maior que o americano também. A Europa nem conta. Estão 20 anos atrás da gente. Mas o problema de invasão nos Estados Unidos é pior.
ISTOÉ -
Pior como?
JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB - 
Por exemplo: no processo de implante de cabelo, muitos médicos trabalhavam com enfermeiras que cortavam e separavam o folículo para o cirurgião implantar. Mas como é um trabalho exaustivo, algumas vezes eles passavam o implante para que elas o fizessem também. Resultado: elas filmaram tudo e entraram na Justiça pedindo o direito de ser titular no procedimento. Lá, também dentistas querem o direito de fazer cirurgia de face e tem fisioterapeuta que começou a fazer lipoaspiração.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A flacidez da mama pode ser corrigida apenas com a colocação de implantes mamários de silicone?

Plenna Cirurgia Plástica - Uma nova forma de ser você



Dra. Taís Saraceno - Cirurgiã Plástica
Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)



Algumas mulheres com flacidez das mamas não gostam da ideia de realizar uma mastopexia ou lifiting mamário, pois este envolve incisões maiores, o que naturalmente leva a cicatrizes.

Na mastopexia, a incisão mais comum, resulta numa cicatriz em T invertido, ao redor da aréola, na vertical e no sulco das mamas. 

Com a flacidez do seio, falta volume em seu polo superior e é possível utilizar os implantes mamários sem a mastopexia para preencher essa área. A vantagem desta cirurgia é que cicatriz é menor e menos visível, além de propiciar uma recuperação mais rápida.

Se a ptose for pequena, ou seja se o mamilo estiver dentro ou ligeiramente abaixo da prega da mama e a dobra existente no sulco inframamário for reduzida, a mulher pode evitar a mastopexia. Neste caso pode-se optar pela colocação de um implante de maior volume, para “esticar” a pele e preencher o polo superior.

É importante observar que este procedimento pode melhorar a ptose mamaria e evitar as cicatrizes maiores, mas não tem a pretensão de resolver toda a queda e flacidez das mamas. Os resultados a médio e longo prazo, com manutenção ou não do obtido após a cirurgia, depende da qualidade da pele de cada paciente.

No entanto, os implantes mamários por si só podem não corrigir as mamas flácidas. Em um verdadeiro caso de ptose ou queda das mamas, a aréola está posicionada em posição inferior a de uma mama sem queda. Com a colocação do implante isoladamente este descenso da aréola não é corrigido.

Como mencionado anteriormente, um verdadeiro caso de ptose só pode ser resolvido com a mastopexia. No entanto, o procedimento por si só pode não corrigir a aparência vazia da mama, particularmente nos polos superiores, que é onde os implantes podem ser muito úteis. Neste caso então pode ser realizada a mastopexia com a colocação de implante.

Os implantes de mama de silicone, particularmente os redondos, podem adicionar volume para os polos superiores.

A escolha do procedimento a ser realizado é baseada na discussão do caso com o cirurgião plástico e a paciente. Muitas pacientes ficam mais confortáveis em ter uma mama ainda com alguma ptose e um polo superior preenchido, conseguindo evitar uma cicatriz maior.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Estudo mostra que o uso do Botox® ao longo dos anos pode permitir resultados mais duradouros a cada aplicação

Plenna Cirurgia Plástica - Uma nova forma de ser você


Dr. Eduardo Arnaut - CRM 8587
Cirurgião Plástico  Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica




Confirmando o que muitos cirurgiões plásticos têm notado, um estudo recém-publicado sugere que os pacientes que mantêm os seus tratamentos com BOTOX®  durante vários anos precisam de menos tratamentos ao longo do tempo para manter seus resultados.


Em média, uma pessoa que receba tratamento da testa ou da glabela (região entre as sobrancelhas) requer retratamento a cada 4 meses. O novo estudo da Escola de Medicina OHSU em Portland, nos EUA, mostra que após 2 anos de tratamentos consistentes, o intervalo entre o tratamento pode ser estendido para 6 meses sem diferença no resultado.


Isso ocorre pelo efeito já esperado de redução da força e da massa muscular nestas regiões provocado pela ausência de contração muscular durante o período em que o músculo esteve paralisado pela ação da toxina botulínica.

E como age a toxina botulínica?

A contração muscular ocorre na junção neuro-muscular, ou seja, no encontro do estímulo nervoso com o músculo. Para que ela se realize, o nervo libera uma substância chamada acetilcolina que irá se ligar aos receptores no músculo para desencadear o processo da contração.


A toxina botulínica age justamente bloqueando a liberação da acetilcolina, inativando os terminais nervosos e impedindo que ela saia do nervo e atinja o músculo. 

Depois de vários meses, os terminais nervosos inativados lentamente recuperam a função. A recuperação de terminais inativados parece ser a base da perda de efeito clínico de vários meses após a injeção.

Como sei se preciso aplicar Botox®?

A toxina botulínica, por este efeito de paralisia muscular, está indicada quando as ruguinhas da face começam a incomodar. Não existe uma idade precisa para iniciar o seu uso.

As rugas mais comumente tratadas são as da testa, glabela ( entre as sobrancelhas) e os pés de galinha ao redor dos olhos. Outras áreas tratadas são as rugas ao redor da boca, aquelas bandas de músculo do pescoço.


Quem aplica botox fica com um rosto artificial?

Há uma confusão entre o efeito causado pela toxina botulínica, que é o de amenizar as rugas e trazer uma expressão mais leve ao rosto, e o preenchimento inadequado da face com excesso de preenchedores mal indicados, que pode gerar uma “boca em bico de pato” e, aí sim, gerar um resultado artificial.

Além de tratar as rugas, há outras indicações para o Botox®?

A toxina vem sendo usada para muitas indicações, desde o estrabismo até o tratamento de dores. No âmbito da estética, outras indicações bastante procuradas são:
  • Hiperhidrose, que é o excesso de suor, que pode acometer as mãos, os pés e as axilas;


  • Sorriso gengival, quando ao sorrir além dos dentes ficarem vísiveis ocorre a exposição exagerada das gengivas.

Qual a duração do Botox?

No tratamento das rugas e do sorriso gengival o seu efeito dura cerca de 4 meses e para hiperhidrose cerca de 8 a 12 meses.

A aplicação dói muito?

Antes da aplicação, pode ser colocada na área tratada uma pomada anestésica e o procedimento é realizado com tranquilidade.